Borussia Mönchengladbach – DoisToques https://blogs.dw.com/doistoques O blog do esporte da DW Brasil Wed, 11 Jun 2014 13:54:12 +0000 pt-BR hourly 1 Bundesliga: Suíça goleia Brasil em convocáveis para a Copa do Mundo https://blogs.dw.com/doistoques/2014/01/23/bundesliga-suica-goleia-brasil-em-convocaveis-para-a-copa-do-mundo/ Thu, 23 Jan 2014 17:19:13 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1431 0,,17253219_101,00
Faltam 17 rodadas para a Copa do Mundo. Neste fim de semana, a Bundesliga retorna aos gramados alemães com o Bayern de Munique já sendo considerado o virtual campeão, mas ainda com muitas questões em aberto, como a disputa acirrada pelas vagas para as competições europeias da próxima temporada e o rebaixamento. O returno é também a última chance para atletas de várias nacionalidades tentar abocanhar uma das seletas vagas para a Copa do Mundo no Brasil.

E isto não é pouco. Quase a metade dos jogadores inscritos na Bundesliga (46,1%) são estrangeiros. Líder nesta lista é justamente o Brasil, com 16 atletas – o mesmo da Suíça. Dois, Luis Gustavo, volante do Wolfsburg e entrevistado pela DW Brasil no final de 2013, e o zagueiro Dante, do supercampeão Bayern de Munique, são figurinhas carimbadas na seleção de Felipão e, ao que tudo indica, estarão na lista dos convocados, que será divulgada no dia sete de maio.

Ainda na briga para a lista de Felipão

Os jogadores Diego, meia do Wolfsburg, Rafinha, lateral do Bayern de Munique e o zagueiro Naldo, também do Wolfsburg, possuem convocações anteriores e correm por fora. Para o ex-santista Diego é fundamental que o Wolfsburg consiga manter a boa colocação na tabela (quinta colocação com 30 pontos) e que ele vença a disputa interna com a nova contratação Kevin de Bruyne. O belga, que veio do Chelsea da Inglaterra, é figurinha certa na Copa e pretende mostrar ao seu ex-treinador José Mourinho que ele foi mal aproveitado em Londres. A suposta transferência de Diego para o Santos no meio do ano, vem no momento errado, caso as ambições do atleta ainda sejam vestir a amarelinha.

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Diego (esq.) comemora abraçado com o companheiro suíço Ricardo Rodríguez

Companheiro de Wolfsburg, Naldo está em concorrência direta com o companheiro de Bundesliga Dante para uma vaga na reserva no elenco brasileiro. Dante não vem apresentando uma consistência nas partidas, errando seguidamente nas saídas de bola e sendo facilmente dominado quando não está atuando na “sobra”, ou seja, sem estar exposto ao duelo direto com os atacantes adversários. Naldo também não possue o nível técnico de Thiago Silva e David Luiz, mas, mesmo atuando por uma equipe inferior da do Dante, consegue mostrar uma regularidade muito boa comandando o sistema defensivo do Wolfsburg.

Já para Rafinha a situação é um pouco mais complicada. Por mais que ele tenha adquirido bastante espaço no Bayern de Munique com a chegada do treinador Pep Guardiola, Rafinha não esteve uma vez sequer entre os testados por Felipão. O treinador da seleção tende a convocar três laterais esquerdos (Marcelo, Maxwell e Felipe Luís) e apenas o Dani Alves do Barcelona para o lado direito. A solução encontrada por Felipão foi convocar Jean, volante de origem, mas atuando muitas vezes na lateral direita pelo Fluminense, muito pela versatilidade do atleta e as opções criadas dentro do elenco.

Ser bom na Bundesliga não basta para ser convocado

Curiosamente o melhor brasileiro do primeiro turno do Campeonato Alemão, segundo uma votação popular no site oficial da Bundesliga, nunca sequer teve a chance de se apresentar com a camisa da seleção brasileira. O meio-campista Raffael, do surpreendente Borussia Mönchengladbach, atualmente terceiro colocado na tabela, já anotou nove gols e deu quatro assisstências e está fazendo provavelmente a melhor temporada de sua carreira. O olho afiado da equipe de Esportes da DW Brasil anteveio a atual situação e apresentou o jogador em uma entrevista no início da temporada. Raffael carece de atenção midiática e é quase desconhecido no Brasil, mas é um daqueles nomes que muitos na Alemanha se perguntam: por quê nunca deram a ele uma chance na seleção?

Borussia Mönchengladbach - Eintracht Braunschweig 4:1

Raffael, marcou nove gols na atual temporada

Por aqui existem diversos nomes, dos quais os alemães acreditam terem sido injustiçados na seleção brasileira. O nome mais notório é o de Giovane Élber, atacante que viveu uma fase de muitas conquistas com o Bayern de Munique na virada do século.

É bem verdade que a Bundesliga já teve nomes brasileiros mais proeminentes em seus clubes. Mas seria muito estranho o campeonato com as duas melhores equipes da última temporada europeia, com os melhores números financeiros no que tange o volume de negócios e a maior presença de torcedores em estádios, não ter um único brasileiro representado na Copa do Mundo. O futebol “show” pode estar em outros países, mas a estrutura saudável, tanto a saúde financeira dos clubes quanto a da liga, e a melhor combinação entre qualidade tática com a qualidade física está na Alemanha.

Massacre suíço

FC Bayern München - SC Freiburg

Xherdan Shaqiri, meia do Bayern de Munique, é o maior talento da atual geração do futebol suíço

E se o Brasil co-lidera a lista de jogadores estrangeiros na Bundesliga com a Suíça, ao menos na quantidade de selecionáveis a vitória é do país alpino. E de goleada. Se pelo Brasil nos últimos 12 meses apenas Luiz Gustavo e Dante foram convocados para a representação nacional, a Suíça conta com 12 atletas da Bundesliga:
Diego Benaglio (goleiro, Wolfsburg), Johan Djourou (zagueiro, Hamburg), Timm Klose (zagueiro, Wolfsburg), Ricardo Rodríguez (Lateral, Wolfsburg), Gelson Fernandes (volante, Freiburg), Tranquillo Barnetta (volante, Eintracht Frankfurt), Pirmin Schwegler (volante, Eintracht Frankfurt), Xherdan Shaqiri (meia, Bayern de Munique), Granit Xhaka (meia, Borussia Mönchengladbach),  Eren Derdiyok (atacante, Bayer Leverkusen), Josip Drmic (atacante, Nürnberg) e Admir Mehmedi (atacante, Freiburg).

No amistoso disputado na Basiléia em agosto do ano passado, a Suíça derrotou o Brasil por 1 a 0 com um gol contra de Dani Alves e destes 12 atletas suíços que jogam na Bundesliga, oito estiveram nesta partida. Era apenas um amistoso, mas vale lembrar que foi a Suíça que derrotado a atual campeã mundial Espanha na fase de grupos da Copa do Mundo de 2010. Aquela havia sido a último derrota espanhola, até a final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro.

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Raffael, o melhor meia da Bundesliga https://blogs.dw.com/doistoques/2014/01/18/raffael-o-melhor-meia-da-bundesliga/ Sat, 18 Jan 2014 19:12:53 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1401 0,,17278141_12,00
Quem diz isso são os torcedores! Uma enquete realizada pelo site oficial do Campeonato Alemão, o www.bundesliga.de, Raffael desbancou as estrelas do Bayern de Munique, Toni Kroos e Mario Götze, e foi eleito o melhor meio-campista do primeiro turno da Bundesliga. O brasileiro ficou com 34% dos votos.

Além disto, a votação popular deu à Raffael o segundo lugar geral, ficando atrás apenas do atacante colombiano do Hertha Berlin, Adrián Ramos. Estrelas e supercampeões como Franck Ribéry, Arjen Robben e Robert Lewandowski aparentemente jogaram abaixo de suas capacidades, segundo o fã da Bundesliga.

1)Adrián Ramos (Hertha Berlin) – 52,38%
2) Raffael (Borussia Mönchengladbach) – 15,55%
3) Franck Ribéry (Bayern de Munique) – 14,11%
4) Robert Lewandowski (Borussia Dortmund) – 9,48%
5) Arjen Robben (Bayern de Munique) – 5,42%
6) Bernd Leno (Bayer Leverkusen) – 3,07%

Raffael soma nove gols e quatro assistências na Bundesliga e é um dos destaques da ótima campanha do Borussia Mönchengladbach, que atualmente ocupa a terceira colocação, com 33 pontos.

Em setembro, a equipe de Esportes da DW visitou Raffael no Borussia Park. Perdeu a entrevista? Confira aqui o que o destaque do Borussia Mönchengladbach disse sobre seu treinador Lucien Favre, sua adaptação na Europa e a relação mais do que especial com seu irmão Ronny.

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Promoção no BVB: troque o “Judas” Götze por Mkhitaryan em sua camisa https://blogs.dw.com/doistoques/2013/10/31/promocao-no-bvb-troque-o-judas-gotze-por-mkhitaryan-em-sua-camisa/ Thu, 31 Oct 2013 17:09:11 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1263

A transferência de um ídolo nunca é bem recebida pela torcida. Quando Mario Götze, jovem promessa alemã e um dos queridinhos da torcida do Borussia Dortmund, se transferiu para o arquirrival Bayern de Munique semanas antes da final da Champions League entre os dois clubes, foi chamado de traidor, de “Judas” e de mercenário. A revolta foi tamanha, que muitos torcedores queimaram suas camisas ou taparam com fita isolante as cinco letras do nome do atleta, agora impronunciável pelos lados de Dortmund. Mas a direção do clube aurinegro encontrou uma solução boa para o torcedor e para o cofre do clube.

Uma promoção inusitada permite todos os torcedores, que levarem a sua camisa da temporada 2012/2013 com a inscrição de Götze nas costas até a loja oficial do BVB, trocar o nome do ex-ídolo pelo do novo camisa 10, o armênio Henrikh Mkhitaryan. É a clássica situação na qual todo mundo sai ganhando. Por míseros 29 euros (uma camisa nova custa 84,95 euros) o torcedor se livra do “Judas” e o clube faz uma bela de uma grana, já que na temporada passada, a camisa do Mario Götze foi a mais vendida (o clube vendeu no total 300.000 exemplares – novo recorde).   

Se a moda pega…

“Koan Neuer”: a torcida do Bayern de Munique protestou e repudiou a contratação de Manuel Neuer

Além da transferência de Mario Götze, existem outras histórias recentes e que revoltaram os torcedores na Bundesliga. Em 2011, o goleiro Manuel Neuer, que passou por todas as categorias de base do Schalke 04 e acabara de ser campeão da Copa da Alemanha, decidiu trocar os Azuis Reais pelo Bayern de Munique. Neuer, inclusive membro de uma das torcidas oganizadas do Schalke e posteriormente banido do fã-clube, foi rejeitado em Munique. Torcedores bávaros protestaram contra a contratação e após a sua chegada entregaram um codex de comportamento ao goleiro, que, entre outras coisas, o proibia de comemorar as vitórias junto dos torcedores, após as partidas.

Lothar Matthäus desolado depois de perder a Copa da Alemanha para seu futuro empregador: o Bayern

Porvavelmente o “Judas” mais popular no futebol alemão é Lothar Matthäus. Em 1984 o jogador do Borussia Mönchengladbach já estava acertado com o Bayern de Munique, quando, como em uma destas pecularidades do futebol, as duas equipes disputaram a final da Copa da Alemanha. E quis o destino que ele desperdiçasse exatamente um dos pênaltis na decisão. Semanas mais tarde, Matthäus seria apresentado como novo jogador do Bayern de Munique.

O Borussia Mönchengladbach está envolvido em outra transferência polêmica. Era 1995 e Heiko Herrlich acabara de ser o artilheiro da Bundesliga, mas o jogador queria porque queria deixar a equipe. Herrlich chegou a rejeitar participar dos treinamentos e a discussão foi tamanha, que o jogador e o diretor de futebol, Rolf Rüssmann, tiveram que resolver a situação perante o tribunal. No final das contas, Herrlich trocou de Borussia e foi para o Dortmund pelo valor recorde da época de 11 milhões de marcos alemães (cerca de 5,6 milhões de euros).  

Heiko Herrlich (dir.) em dividida com o ex-companheiro de Mönchengladbach, Stefan Effenberg.

Luís Figo é hors concours!

Não ocorreu na Bundesliga, mas é uma história que precisa estar em todas as galerias de transferências polêmicas de jogadores de futebol. No ano de 2000, Luís Figo era capitão do Barcelona; recebeu o prêmio Ballon d´Or (Bola de Ouro) de melhor jogador de futebol do mundo, segundo a revista francesa France Football; e no ano seguinte receberia, pelo desempenho em 2000, o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. E no meio disto, ele decidiu trocar a Catalunha pela capital espanhola. Luís Figo saiu do Barcelona e foi formar a primeira versão dos galáticos do Real Madrid, pelo valor recorde de 58 milhões de euros.

Cobrar escanteio no Camp Nou passou a ser uma aventura para Luís Figo, depois da ida para Madrid.

O auge do ódio pela traição de Figo, se mostrou em novembro de 2002, no “El Clásico” no Camp Nou, em Barcelona. Quando o português foi cobrar um escanteio, diversos objetos como garrafas, isqueiros, bolas de golfe e verdura podre foram jogados em sua direção. Um torcedor (há a versão que possa ter sido um funcionário do Barcelona) jogou inclusive uma cabeça de porco. A partida teve que ser interrompida por 13 minutos. 

Futebol é assim: envolve muita paixão e, em alguns lugares, também um pouco de política. Achar saídas para minimizar as dores do torcedor é papel dos clubes e o Borussia Dortmund encontrou uma bem original e interessante. Tomara que a moda pegue…

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