Cristiano Ronaldo – DoisToques https://blogs.dw.com/doistoques O blog do esporte da DW Brasil Wed, 11 Jun 2014 13:54:12 +0000 pt-BR hourly 1 Ribéry: “O que mais eu deveria ter feito?” https://blogs.dw.com/doistoques/2014/01/20/ribery-o-que-mais-eu-deveria-ter-feito/ Mon, 20 Jan 2014 17:30:52 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=1413 0,,17360967_101,00
Campeão de tudo que disputou na temporada, o craque francês do Bayern de Munique, Franck Ribéry, ainda não aceitou a eleição de Cristiano Ronaldo como melhor jogador do mundo em 2013. Em entrevista ao jornal “Abendzeitung”, de Munique, o atacante do Bayern disse que a escolha do Bola de Ouro envolve muita política. “Conquistei tudo com minha equipe e individualmente. Ronaldo não ganhou nada em 2013. Não estou triste, mas é algo que dói no coração”.

Ao tablóide “Bild”, Ribéry mostrou-se orgulhoso por ter estado entre os três finalistas, reiterou seu espírito de equipe, mas deixou escapar uma cutucada: “É óbvio que teria gostado de ganhar, mas estou bem. O que poderia ter feito além de ganhar tudo com o Bayern? Não sou egoísta, a Bola de Ouro não é o meu objetivo. Prefiro ganhar tudo com o Bayern e ser campeão mundial”.

Ribéry tem certeza de que merecia o prêmio. Além disso, estranhou o fato de na seleção da FIFA estarem apenas três jogadores do Bayern de Munique, que conquistou a UEFA Champions League, a Copa da Alemanha e a Bundesliga na temporada 2012/2013, e nenhum do Borussia Dortmund, outro finalista da Champions. Pior, na seleção da FIFA tinha quatro jogadores do Barcelona, eliminado pelo resultado agregado de 7 a 0 pelos bávaros na semifinal da Champions League.

“Ganhamos cinco títulos, fizemos história. Quem antes havia feito isso? Também faltam jogadores do Dortmund nesta equipe, não sei porque não estão (Mario) Götze e (Robert) Lewandowski”, completou o francês.

Pessoalmente não teria votado em Ribéry, simplesmente porque não enxergo nele um papel tão determinante nos resultados conquistados pelo Bayern de Munique como excercem Lionel Messi no Barcelona, Cristiano Ronaldo no Real Madrid, Luis Suárez no Liverpool e Zlatan Ibrahimovic no Paris Saint-Germain. Vejo os papéis, as funções na equipe, de Philipp Lahm e até de um Bastian Schweinsteiger tão importantes quanto as contribuições de Ribéry. Obviamente que as conquistas devem ter o seu valor reconhecido. mas a escolha é a de melhor jogador de futebol do mundo em um específico ano, e não a de melhor jogador de uma equipe que foi campeã de tudo. E o Bayern de Munique teria sido campeão da Champions League com Ribéry ou sem Ribéry.

Porém, está foi uma das eleições mais complicadas dos últimos anos. Cada um dos três, recebeu praticamente um terço dos votos. Uma diferença de apenas três pontos percentuais separaram os trÊs candidatos:
Cristiano Ronaldo – 27,99%
Lionel Messi – 24,72%
Franck Ribéry – 23,36% 

]]>
Messi, Ronaldo e o bávaro errado https://blogs.dw.com/doistoques/2013/08/07/messi-ronaldo-e-o-bavaro-errado/ Wed, 07 Aug 2013 17:07:20 +0000 http://blogs.dw.com/doistoques/?p=257

Os três finalistas para a eleição de melhor jogador da última temporada no futebol europeu estão definidos. Como de costume, o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo estão entre os mais votados.

Porém, como não poderia ser diferente, depois da espetacular temporada do Bayern de Munique, o clube bávaro colocou um representante entre os concorrentes ao prêmio da Uefa: Franck Ribéry. Que o francês é um excelente jogador e contribuiu muito para a conquista da tríplice coroa do clube alemão na temporada passada, não há dúvidas. No Campeonato Alemão foram dez gols marcados e 15 assistências – na Copa da Alemanha deu dois passes para gol – e na Liga dos Campeões marcou apenas um tento, mas deu seis assistências, inclusive duas na semifinal contra o Barcelona e uma na decisão contra o Borussia Dortmund, no Estádio de Wembley em Londres.

Ribéry ergue a Salva de Prata. Além das Bundesliga, o francês conquistou em 2013 a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões

O futebol alegre, vertical, sempre procurando entrar na grande área e o talento técnico de Ribéry, o fizeram estar neste Top 3 da Uefa. Mas ele não foi nem o melhor ou mais importante jogador do Bayern de Munique na temporada passada. Jogadores como o volante Bastian Schweinsteiger, eleito melhor jogador da última Bundesliga, e o meia-atacante Thomas Müller, foram as peças principais da máquina bávara. Taticamente o jogo montado por Jupp Heynckes girava em torno dos dois. Schweinsteiger comandava o meio-campo, como um Xavi Hernández mais recuado e melhor marcador, e dava a liberdade necessária para Robben e o próprio Ribéry arriscarem mais na transferência para o ataque. Thomas Müller por outro lado preenchia literalmente todos os espaços vazios deixados pelos companheiros. Quando Robben ou Ribéry se metiam no meio-campo, Müller saia pela beirada. Quando o lateral Philipp Lahm subiu, Müller cobria. Faltava um marcador no sistema defensivo, lá estava Müller.

Evidente que o futebol Ribéry, assim como do quarto mais votado Arjen Robben, é mais prazeroso de assistir e carrega um talento virtuoso capaz de decidir qualquer partida, mas o futebol também envolve, além da capacidade técnica, condicionamento físico e comportamento tático. E um jogador de futebol completo precisa dominar todos estes elementos. E levando em conta somente a temporada 2012/2013, Bastian Schweinsteiger foi o cara no Bayern de Munique e merecia estar entre os três finalistas.

Lionel Messi e Franck Ribéry. No duelo pela Liga dos Campeões, melhor para o francês: 7 a 0 no placar agregado e vaga para a final

E no cômpito geral, pouco importa se o intruso no trio seja Franck Ribéry, Bastian Schweinsteiger ou qualquer outro jogador do Bayern de Munique. As estátisticas tanto de Messi quanto de Cristiano Ronaldo são avassaladoras e por nenhum bávaro superável. O argentino marocu incríveis 64 gols em 54 partidas e foi o maior artilheiro na Europa na temporada passada. Já o português anotou 12 gols em 12 partidas pela Liga dos Campeões e venceu a artilharia na mais difícil competição de futebol no mundo.

Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo não tiveram uma temporada recheada de conqusitas coletivas, e mesmo que o eleito para melhor jogador normalmente é de uma equipe que colecionou títulos, Franck Ribéry não possue a mínima chance para destronar a dupla do Barcelona e Real Madrid.

]]>