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Messi, Ronaldo e o bávaro errado

Os três finalistas para a eleição de melhor jogador da última temporada no futebol europeu estão definidos. Como de costume, o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo estão entre os mais votados.

Porém, como não poderia ser diferente, depois da espetacular temporada do Bayern de Munique, o clube bávaro colocou um representante entre os concorrentes ao prêmio da Uefa: Franck Ribéry. Que o francês é um excelente jogador e contribuiu muito para a conquista da tríplice coroa do clube alemão na temporada passada, não há dúvidas. No Campeonato Alemão foram dez gols marcados e 15 assistências – na Copa da Alemanha deu dois passes para gol – e na Liga dos Campeões marcou apenas um tento, mas deu seis assistências, inclusive duas na semifinal contra o Barcelona e uma na decisão contra o Borussia Dortmund, no Estádio de Wembley em Londres.

Ribéry ergue a Salva de Prata. Além das Bundesliga, o francês conquistou em 2013 a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões

O futebol alegre, vertical, sempre procurando entrar na grande área e o talento técnico de Ribéry, o fizeram estar neste Top 3 da Uefa. Mas ele não foi nem o melhor ou mais importante jogador do Bayern de Munique na temporada passada. Jogadores como o volante Bastian Schweinsteiger, eleito melhor jogador da última Bundesliga, e o meia-atacante Thomas Müller, foram as peças principais da máquina bávara. Taticamente o jogo montado por Jupp Heynckes girava em torno dos dois. Schweinsteiger comandava o meio-campo, como um Xavi Hernández mais recuado e melhor marcador, e dava a liberdade necessária para Robben e o próprio Ribéry arriscarem mais na transferência para o ataque. Thomas Müller por outro lado preenchia literalmente todos os espaços vazios deixados pelos companheiros. Quando Robben ou Ribéry se metiam no meio-campo, Müller saia pela beirada. Quando o lateral Philipp Lahm subiu, Müller cobria. Faltava um marcador no sistema defensivo, lá estava Müller.

Evidente que o futebol Ribéry, assim como do quarto mais votado Arjen Robben, é mais prazeroso de assistir e carrega um talento virtuoso capaz de decidir qualquer partida, mas o futebol também envolve, além da capacidade técnica, condicionamento físico e comportamento tático. E um jogador de futebol completo precisa dominar todos estes elementos. E levando em conta somente a temporada 2012/2013, Bastian Schweinsteiger foi o cara no Bayern de Munique e merecia estar entre os três finalistas.

Lionel Messi e Franck Ribéry. No duelo pela Liga dos Campeões, melhor para o francês: 7 a 0 no placar agregado e vaga para a final

E no cômpito geral, pouco importa se o intruso no trio seja Franck Ribéry, Bastian Schweinsteiger ou qualquer outro jogador do Bayern de Munique. As estátisticas tanto de Messi quanto de Cristiano Ronaldo são avassaladoras e por nenhum bávaro superável. O argentino marocu incríveis 64 gols em 54 partidas e foi o maior artilheiro na Europa na temporada passada. Já o português anotou 12 gols em 12 partidas pela Liga dos Campeões e venceu a artilharia na mais difícil competição de futebol no mundo.

Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo não tiveram uma temporada recheada de conqusitas coletivas, e mesmo que o eleito para melhor jogador normalmente é de uma equipe que colecionou títulos, Franck Ribéry não possue a mínima chance para destronar a dupla do Barcelona e Real Madrid.

Data

07/08/2013 | 19:07

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